Você deveria seguir um caminho definido?
Ou você deveria ser a ponta da flecha que abre seu próprio caminho?
Recentemente comecei a trabalhar em um novo personagem para uma nova história que estou construindo. Seu nome é Nathan e ele é o completo oposto de mim. Apesar disso, estou obcecado por ele e por seu dilema:
Seguir um caminho definido e fazer o que os outros esperam dele.
Ou,
Ser a ponta da flecha que abre seu próprio destino.
E por algum motivo, sinto que várias outras pessoas passam ou vão passar por esse mesmo dilema.
O dilema
Nessa história o que faz Nathan começar a questionar o que ele realmente deve fazer com sua vida nasce de dentro dele:
Aquela vozinha que todos temos de que poderíamos fazer outra coisa.
Eu mesmo já me deparei com essa voz em alguns momentos da minha vida:
Quando eu comecei a estudar audiovisual;
Quanto todos a minha volta falaram que eu deveria fazer faculdade;
Quando eu treinava judô.
E honestamente em vários outros.
Claro que para mim — alguém mais introvertido — escutar essa voz interior é muito mais fácil do que uma pessoa extrovertida como o Nathan.
Para ele precisou algo além de sua própria voz para realmente questionar o que ele deveria fazer:
Se tornar um funcionário público, seguido os passos da sua família, amigos e até parentes.
Ou encontrar sua própria paixão.
Afinal de contas, ele acha bem assustador, já a partir do primeiro dia de trabalho, começar a contar o tempo que falta para a sua aposentadoria.
Curiosamente, acho que ele herdou isso de mim… não compartilho desse desejo que tantos a minha volta — e olha que são muitos, afinal estou em Brasília — de ser um funcionário público.
De toda forma, esse algo além da sua própria voz foi na verdade um “alguém”:
Eros e Sua Obsessão pela escrita
Quando comecei a pensar nesse novo livro, Eros seria o protagonista:
Um introvertido obcecado por escrita que enfrenta dificuldades para conversar com palavras faladas com outras pessoas, porém talentoso com palavras escritas.
Junte isso a problemas no passado e o desafio de “vender” suas palavras e você já começa a cozinhar uma história de “superação”.
Porém, o Nathan surgiu.
Ou melhor dizendo, o Eros surgiu na vida do Nathan.
Como?
Simplesmente indo com uma relativa frequência no café em que o Nathan trabalha enquanto não começa a fazer os concursos.
Algo em Eros chamou atenção do Nathan.
Algo que nem mesmo Nathan sabe em um primeiro momento.
Até que ele percebe que esse “algo” é a obsessão que o Eros tem com as palavras e a maneira como ele simplesmente senta ali no café e passa horas escrevendo como se não fosse absolutamente nada.
Caminho definido ou Escolher?
Não tenho ideia do que o Nathan vai fazer.
Assim como pode ser para você, ele está enfrentando uma pressão estrondosa de todos a sua volta a fazer a escolha mais estável e esperada dele:
Seguir os passos da família, entrar em um emprego público e ter estabilidade para o resto da sua vida.
Confesso que já sei o que ele vai escolher.
E você provavelmente sabe sua escolha também.
Mas, como um escritor, meu trabalho é torturá-lo o máximo possível… ou seja, a escolha que ele fizer, também será a mais dolorida a curto prazo. Mas, apesar disso, será a mais cheia de vida.
Se você fosse o Nathan,
E soubesse que você sofreria para caralho por conta da decisão que tomou, mas que se sentiria vivo através dela… O que você escolheria?
Seguir o caminho traçado?
Ou ser a ponta da flecha que perfura e cria seu próprio destino?
Finalização e sugestões
Não tenho ideia de quando vou publicar o primeiro volume dessa história — inclusive, pretendo fazer algo bem diferente do formato de um livro convencional — de toda forma, se quiser ler outra fodástica história que já escrevi:
P.S: Juro para você que esse livro é muito bom.
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