Certa vez, mandei um artigo que escrevi para ser transformado em um vídeo.
Sendo sincero, eu estava com grandes expectativas e praticamente certo de que seria aprovado, afinal de contas, já fazia algum tempo que escrevia e acreditava estar me tornando bom nisso.
Não foi o primeiro artigo que mandei... Muito pelo contrário... Já havia mandado outros e, em especial, um artigo que, naquele momento, eu considerava estar ótimo... "A Subjetividade dos Vilões, Heróis e Quem é o Verdadeiro Inimigo"
Lembro que no dia em que eu mandei esse artigo, antes mesmo de publicar aqui, minha felicidade atingiu pontos épicos, já que no mesmo dia ele foi corrigido e teve até uma sugestão de alteração no título que, considerei fenomenal…
Eu fiquei tão motivado com aquilo que, no mesmo dia, escrevi uns 5 artigos diferentes; revisei 3; estudei sobre cérebro; escrevi uma boa quantidade de palavras para a língua que estou criando; e todas as coisas que faço e estudo diariamente.
Com o passar do tempo, o vídeo que eu acreditava que seria produzido em cima do meu artigo, não apareceu... Apenas julguei como algo normal, afinal de contas, eles recebem diversos artigos diferentes e produzem muito... Ou seja, talvez após algum tempo o meu iria ser publicado.
Mais tempo se passou e nada aconteceu.
Então, decidi enviar mais artigos... Como já estavam prontos, não custava nada.
Novamente, foram corrigidos.
Nesse momento, eu verifiquei os status deles e percebi que foram removidos.
Confesso que no momento que percebi o "removido", não entendi o que aquilo significava... Na verdade, pensei que aquele status era apenas uma forma de outros curadores não fazerem uma revisão novamente.
Tentei pintar isso para mim, afinal de contas, eu acho que sei escrever, não é mesmo?
Bem, mesmo assim, não me aquetei... Comecei fuçando a plataforma deles, para verificar o que aquilo significava.
Após um tempo, encontrei um local onde era possível ver a avaliação que os curadores davam para os artigos que eram enviados...
Esse foi o momento que tomei meu primeiro "baque" do dia... O artigo que eu achava estar ótimo, recebeu uma avaliação de 3/5... Enquanto, o último que eu havia enviado 2/5.
Ambos, foram desqualificados para produção.
Ou seja, eles não foram dignos o suficiente para torna-se vídeos.
Ao mesmo tempo, em que vi essa avaliação por nota, no último artigo, encontrei uma observação que justificava o motivo dele não ser aprovado e ter ganho uma nota 2/5:
Sinceramente, eu já fui muito rejeitado na vida... Em todos os aspectos imagináveis, eu já escutei diversos nãos... E, isso também vale para as coisas que escrevo... Já escutei muitas pessoas falando mal de artigos, trechos dos meus livros, etc.
Inclusive, a primeira pessoa que lembro de realmente "detonar", algo que escrevi... Foi uma professora no meu 5.º ano do ensino fundamental... Mas, isso é história para outro texto.
Bem, de modo geral, já estou acostumado a ser rejeitado, dado a quantidade de vezes que essas coisas tendem a ocorrer comigo…
Porém,
Quando vi as avaliações e li essa observação, doeu.
Sendo honesto, isso doeu porque eu literalmente sentia estar chegando a algum lugar com meus artigos e livros; afinal de contas, quando mandei meus artigos, senti "estar no topo do mundo". E de repente, li aquelas 9 palavras.
Escrevendo isso agora, lembrei da sinopse de um dos meus livros que descreve um pouco desse sentimento:
O caminho até o topo de uma montanha repleta de felicidade, amor e esperança é pavimentada por diversas pedras e obstáculos que dificultam a chegada... Mas isso não é tudo. A subida é lenta e dolorosa... Mas existe algo pior. Algo mais profundo. Algo que todos esquecem de mencionar que pode acontecer no momento que você chega ao topo. Você pode cair. Cair em um precipício repleto de guerras, fome, desgraças, tristeza e dor. É surpreendente o quão rápido podemos perder tudo que mais amamos e valorizávamos.
Por breves momentos naquele dia, pareceu que todas as pessoas que já falaram mal das minhas palavras, estavam de algum modo certas... Pareceu que, essa pequena observação misturada com todas as outras coisas, conseguiram apagar todos os feedbacks positivos que eu também tive ao longo desse tempo.
Tudo que consegui fazer no resto do dia, foi realizar meus hábitos básicos e lamentar minha tristeza.
No dia posterior, carregado pela força do ódio, decidi fazer algo que normalmente me deixava irritado, principalmente porque no dia estava bem frio:
Fui limpar coisas.
Eu estava tão puto comigo mesmo que até cheguei a quebrar um rodo (haha).
Algo que sempre acreditei é que não importa o que o mundo joga em você, principalmente se for a verdade. Tudo que importa é o que você faz com isso.
Então, no meu mixe de ódio e concentração em encontrar uma forma de mudar minha situação, decidi começar a fazer algo relativamente efetivo.
Fui escrever.
Desde então, aumentei a quantidade de textos e artigos publicados no meu site, chegando ao ponto de publicar diariamente.
Como sempre digo, a melhor forma de aprender algo é fazendo. Fazer mais significa errar mais. Errar mais, faz você se aproximar de seu objetivo, afinal de contas, você descobriu uma nova forma de não fazer aquilo.
Graças a isso, hoje, estou chegando a minha marca de 100 textos/artigos publicados em português no meu site.
P.S: Não importa o que o mundo joga em você. No fim, o importante é o que você faz com o quê o mundo joga em você.
Escritor: Lucas Garcia
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