Sem dúvidas nenhuma, Isaac Asimov, teve uma gigantesca capacidade para criar obras que quebraram a barreira do tempo. Ele fez isso explorando ideias e conceitos de um futuro parecido com o nosso presente, sempre focando em ideias.
Isso trouxe vários contos que se tornaram livros.
Desde Fundação, livro este que constantemente cito por aqui, até mesmo uma de suas obras mais famosas:
Eu, Robô.
Por mais que exista um filme com mesmo nome, inspirado no livro e estrelado pelo ator Will Smith, o livro é uma obra completamente diferente. Algo com uma real qualidade, profundidade e um toque de filosofia.
Inclusive, tornou popular as famosas 3 leis da robótica:
Lei 1: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal;
Lei 2: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto, em casos que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
Lei 3: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.
Posteriormente, uma quarta lei foi criada ficando conhecida como a lei 0:
Lei 0: Um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.
A partir dessas 3 leis e, posteriormente a quarta lei, Isaac Asimov as utilizou para explorar através de uma série de contos no seu livro "Eu, Robô" os conceitos e contradições filosóficas que as cerca.
É exatamente isso que você deve esperar desse livro, algo meio "misterioso"; com grandiosos traços filosóficos, como o "penso, logo existo"; e uma pitada de loucura.
"Postulados são baseados em suposições e são aceitos por uma questão de fé. Nada no Universo pode abalá-los." ~ Eu, Robô.
Vale a pena ler um livro tão antigo?
Quando sugiro esse livro para as pessoas, a primeira pergunta que surge é se vale a pena ler algo tão antigo, afinal, Eu Robô foi publicado em 1950.
Sim, esse livro foi publicado a 72 fucking anos atrás.
Apesar da idade, afirmo que sim. Por mais que a linguagem seja levemente diferenciada da que estamos acostumados nos livros escritos em nosso século, é possível ler todo o livro em um único dia sem muitas dificuldades.
Na verdade, foi exatamente isso que eu fiz, hehe.
Todos esses 72 anos tornam o livro ainda mais intrigante. Como pode algo tão antigo se referir e ter noções parecidas sobre I.A e robôs que temos nos dias atuais? Como pode algo tão velho parecer tão novo e, apenas um pouco desatualizado?
Essa é a mágica que Isaac Asimov conseguiu aplicar em várias de suas obras.
Realmente devo ler?
Minha recomendação é que sim. Principalmente se você estiver com alguma "ressaca literária" [explico boas formas de se livrar disso, no meu texto 'O Segredo Para Sair da Ressaca Literária'], afinal, na maioria das vezes, por ser livros diferentes dos comuns os clássicos conseguem quebrar o ciclo.
Além disso, é uma boa forma de viajar com a ideia e as possibilidades que os robôs possuem.
Obrigado por ler! Se busca algo melhor para ler, hã, dizem que no meio esterco as plantas crescem mais forte... Volte daqui a 3 meses e de repente verá algo agradável, mas, sem frutos. Essas coisas levam tempo haha. Aqui o link para compartilhar com seu amigo: https://www.lucasgarciajornada.com/post/eu-robo-isaac-asimov
Escrito por: Lucas Garcia
Originalmente publicado: lucasgarciajornada.com
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