Em 2018, alguns pesquisadores americanos publicaram um estudo chamado de "mudança de conceito induzida por prevalência", cujo intuito era explicar a percepção humana quanto ao mundo de hoje.
A primeira parte do estudo, consistia em uma cobaia ir até um quarto e sentar de frente a um computador que exibiria uma sequência de 1000 pontos. Todas as vezes que a cobaia vir um ponto azul, deveria clicar no botão que diz "azul". Se um ponto que não fosse azul surgisse, deveria apertar o botão "não azul".
Ao longo do experimento, os pesquisadores fizeram dois testes importantes. Um deles consiste em aumentar a quantidade de pontos azuis e a outro diminuir a quantidade de pontos azuis.
Quando os pesquisadores mostravam mais pontos azuis, as cobaias saiam razoavelmente melhor, errando menos vezes. Porém, na situação onde havia menos pontos azuis, as cobaias se confundiam mais vezes, levando ao aumento nos erros.
Basicamente as cobaias ignoravam o decaimento dos pontos azuis e, assim, ficando por mais vezes em dúvidas quanto a cada resposta.
Como qualquer estudo científico, outras formas precisavam ser testadas, afinal de contas, olhar para 1000 pontos relativamente parecidos, pode levar a uma confusão mental.
Então, partiram para outros testes mais complexos, que tinham o mesmo objetivo de analisar como os seres humanos modificam a sua percepção da realidade para que se encaixem nas suas expectativas.
Neste outro experimento, as cobaias precisavam classificar os rostos criados por um programa de computador em algo como: amigável, neutro e ameaçador.
Foram mostrados 800 rostos para as cobaias.
Assim como no experimento anterior, os pesquisadores diminuíram a quantidade de rostos ameaçadores para um determinado grupo de cobaias.
Da mesma forma que ocorreu com os pontos azuis, as cobaias que forma expostas a menos rostos ameaçadores, passaram a enxergar rostos amigáveis e neutros como ameaçadores.
Isso significa que, da mesma forma como a mente humana criou uma expectativa padrão de pontos azuis, ela também estava criando uma expectativa de número padrão de rostos ameaçadores.
Outro experimento ainda mais profundo foi realizado.
Neste, os cientistas partiram para avaliações quanto à ética.
O experimento consiste em apresentar uma série de pesquisas onde os participantes precisavam indicar se deveriam ou não, ser conduzidos olhando por questões éticas.
Novamente, um declínio de pesquisas antiéticas foi realizado.
Ao contrário do esperado, novamente, as cobaias passaram a interpretar as pesquisas éticas e normais como antiéticas.
Ou seja, ao invés de perceber que a quantidade de propostas antiéticas diminuíram, a mente das cobaias alteraram a percepção da realidade adaptando a um "padrão" redefinindo o conceito do que era antiético de forma inconsciente.
Esse estudo sugere que os seres humanos tendem a procurar ameaças/problemas independentes do quão seguro/confortável um ambiente for. É aquele velho ditado, "quanto mais você procura, mais você acha... Mesmo que não exista nada para achar".
E, se analisarmos com o mínimo de lógica e racionalidade sobre o que está acontecendo na sociedade atual comparando com um pouco do passado, percebemos esse efeito acontecendo.
Por exemplo, hoje em dia, agressão não significa mais o ato de incitar violência física/invadir a propriedade privada de outro indivíduo. Para muitos, o simples ato de vociferar uma palavra já pode ser considerada uma agressão e, deveria receber punições arbitrárias e censura.
No Brasil, o título de "genocídio", que tem por significado o assassinato em massa de algum grupo étnico ou religioso; é utilizado de forma banal e aleatória ao ponto de se tornar mais uma palavra ligada à alguma militância. Enquanto, vermes que de fato promoveram genocídios matando mais pessoas do que Hitler, são parabenizadas anualmente nas redes sociais por milhares.
No Canadá, medidas temporárias altamente questionáveis tomadas pelo governo com o objetivo de acabar com a crise do covid, estão se tornando comuns e segundo o próprio presidente, serão utilizadas para acabar com as novas crises como “mudanças climáticas”, “desemprego”, “crise imobiliária”... E, as pessoas já estão tão acostumadas que apenas estão aceitando. A percepção de que isso é algo normal foi alterada.
Esse ponto também pode ser descrito como o paradoxo do progresso. Quanto melhor as coisas ficam, mais percebemos ameaças onde elas simplesmente não existem.
O problema disso é que alguns se aproveitam dessa percepção relativa, utilizando do medo para manipular milhões.
O ponto é que, se não olharmos racionalmente a loucura estampada diante de nossos olhos, tendemos a aceitar todas as maluquices como um padrão. Não é surpreendente isso acontecer nos dias de hoje.
Campos de concentração, que, quando descobertos no passado foram um choque para humanidade, hoje em dia, são utilizados na China, para "reeducar" pessoas que não concordam com o governo; na Argentina, para "evitar" a propagação do COVID; foi sugestão de utilização no Canadá para evitar o COVID.
Em que mundo, isso é normal?
Lembre-se desse estudo. Apesar das coisas parecerem, ou melhor dizendo, serem pintadas como as piores coisas do universo, olhe friamente para o que está sendo dito e verifique se não é mais uma das incontáveis loucuras utilizadas para te controlar através do medo.
Link do estudo https://wjh-www.harvard.edu/~dtg/LEVARI2018COMPLETE.pdf
Escritor: Lucas Garcia
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